Entenda a síndrome mão-pé-boca que está deixando pais em alerta

Você conhece a síndrome mão-pé-boca? Os casos têm aumentado entre as crianças e, também por isso, muitos pais estão alertas. Essa doença ainda gera muitas dúvidas, por isso neste artigo vamos falar sobre o que é e como reconhecer os principais sintomas.

Os primeiros indícios são febre de 38 a 39 graus e dores de garganta. Após aparecem lesões (feridas avermelhadas) na região dos pés, mãos e interior da garganta, que podem – ou não – se espalhar para as coxas e nádegas. Em alguns casos a criança pode não apresentar sintomas aparentes.

Se o quadro for mais grave, as lesões podem se transformar em pústulas ou bolhas. E por conta das lesões no fundo da garganta, o paciente também pode sentir dificuldade de engolir líquidos ou alimentos.

Na maioria dos casos, apenas uma análise das feridas pelo médico já é suficiente para que a síndrome mão-pé-boca seja identificada. Mas se houver dúvidas, o pediatra poderá pedir um exame de sangue sorológico.

A doença é causada pelo vírus Coxsackie (da família dos enterovírus), que habita normalmente o sistema digestivo e também pode provocar estomatites, uma espécie de afta que afeta a mucosa da boca.

Embora possa acometer também os adultos, é muito mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. Isso porque o contágio ocorre facilmente através de espirros e tosse, e também pelas fezes.  O contato das crianças em escolas favorece a transmissão. Já a  maioria dos adultos que se contaminam com esse vírus não desenvolve sintomas, mas são potenciais transmissores assintomáticos do vírus.

Por isso a recomendação é sempre manter a higiene tanto da criança quanto do adulto, lavar as mãos antes e depois de lidar com a pessoa doente ou levá-la ao banheiro. Oriente e insista para que os pequenos adquiram esses hábitos e mantenha mesmo depois de curada a síndrome mão-pé-boca. O vírus ainda pode ser transmitido pelas fezes durante cerca de quatro semanas.

O tratamento com remédios é feito com orientação médica. Mas sempre ofereça ao paciente muito líquido, de preferência em temperatura baixa, e evite a ingestão de alimentos muito quentes, ácidos ou condimentados, que podem acentuar as dores na garganta.

Em geral, a síndrome mão-pé-boca desaparece sozinha dentro de cinco a sete dias. Mas a imunidade da doença não é duradora. Já foram documentadas reinfecções na China, até pela mesma cepa viral. Desta forma, a infecção natural não determina proteção contra a doença.

Autor Daniela Cunha

mãe da Isabela e da Melissa, Pediatra da Vacine Clínica

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