Açúcar X Crianças: responsabilidade dos pais

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, até os dois anos de idade as crianças devem evitar o consumo de açúcar de maneira geral. É nessa fase que o paladar está se desenvolvendo e, quando a oferta açucarada se inicia, o bebê passa a se acostumar com esse sabor.

Por isso a orientação até o segundo aniversário é restringir o doce a alimentos como frutas e leite. Esse é um bom momento para estimular a percepção dos gostos nos bebês, com apresentação de uma variedade de verduras, legumes e frutos, apresentando a eles novas texturas e sabores.

As crianças acima de dois anos têm a possibilidade de comer doces esporadicamente. O principal segredo está no entendimento de que todo exagero faz mal. E pode causar efeitos inclusive na saúde dos pequenos!

O excesso de açúcar pode provocar obesidade e diabetes tipo 2 (que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia). Outra preocupação é o aumento da hiperatividade e irritabilidade. O alto consumo de doces, balas e refrigerantes pode aumentar a concentração de insulina e adrenalina no sangue, que em excesso provocam ansiedade, excitação e dificuldade de concentração nas crianças.

Vale lembrar que quem cresce acostumado com o açúcar sente mais necessidade dele. Então, para reverter a situação de quem já ingere muito doce, a redução precisa ser feita de forma gradual. Caso contrário, será difícil convencer o pequeno a maneirar.

Nessa empreitada, a participação da família é essencial. A educação sobre hábitos alimentares deve abranger todos da casa. Afinal, não adianta os pais oferecerem uma mexerica de sobremesa ao filho enquanto eles próprios saboreiam uma bola de sorvete. O chororô é garantido e, convenhamos, compreensível.

Autor Daniela Cunha

mãe da Isabela e da Melissa, Pediatra da Vacine Clínica

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