A expectativa para a Copa do Mundo foi tão grande! Afinal, ficou para o final do ano, juntou com decoração de Natal, décimo terceiro (para quem tem), black friday (pra quem pode) e início de férias escolares.
Mas nas quartas de finais, o sonho foi interrompido. Por uma seleção forte (eu adoro a Croácia e vamos lembrar que ela é vice-campeã do último mundial de 2018), e assim tivemos que lidar, de novo, com a nossa frustração e, ainda mais, com a de nossos filhos.
Andei pensando nestes últimos dias. Por aqui, tive uma menina que se empolgou com a Copa, que aprendeu os nomes dos principais jogadores, que vestiu, literalmente, a camisa da seleção brasileira. Mas que ficou muito decepcionada com a derrota.
Ficou brava com a seleção que venceu o Brasil. Ficou revoltada com tudo.
Minha função como mãe, mesmo totalmente irritada e decepcionada tanto quanto ela, foi acolher. Sim, estamos tristes, sim, estamos com raiva, mas para que um ganhe, é preciso que todos os demais percam. Só um vai ganhar. Desta vez não foi o Brasil, e os croatas fizeram por merecer. Nossa vida aqui vai continuar como antes. Nada muda.
Ela parou, pensou. Concordou. E seguiu a vida de primeiro dia de férias normalmente.
Nossas crianças precisam aprender a perder e a lidar com este sentimento. Faz parte da vida e não podemos brigar com o mundo por causa disso. Agora é esperar pelo hexa em 2026, e lidar com as pequenas derrotas da vida até lá, aprendendo a ganhar, a perder, mas a reconhecer sempre onde melhorar e o que fazer para buscar a vitória.
E isso não é só sobre futebol.