Mãe na balada sim! Mãe pode beber sim! Mãe é gente!!!
Esta semana eu ouvi gente criticando a MC Loma e a influencer Karoline Lima por terem ido a uma festa famosa (a Farofa da GKay) e não estarem cuidando das filhas. Por outro lado, vários homens, pais, na mesma festa, aproveitando sem ouvir reclamação.
É cansativo, mas vamos lá. Por que a mãe não pode sair, se divertir, ir pra balada, curtir com os amigos ou com o próprio companheiro, sem ser julgada!? Não sei se vocês estão sabendo, mas a mãe continua sendo gente, apesar de virar meio zumbi após o nascimento de um bebê.
Uma coisa é verdade, nem todas têm rede de apoio para cuidar do filho e, por isso, a sobrecarga fica ainda maior e mais exaustiva. Mas é muito necessário que a mulher não se perca após a maternidade. Uma mãe feliz cria filhos felizes (roubartilhei esta frase do Mommys, uma comunidade incrível de BH).
E pra gente estar feliz, precisamos ter nosso tempo, amor próprio, autocuidado. Precisamos também cortar o cordão umbilical e lembrar que, sim, somos mães, mas somos seres independentes que precisam de folga.
Já é tudo tão puxado pro nosso lado. Está mais que na hora de sairmos deste conceito machista e patriarcal de que a mulher não pode desgrudar de um bebê ou de um filho. A gente não só pode como deve! É para nossa saúde física e mental.
Sabe o jogo de futebol ou o videogame sagrado do pai? Então, porque a gente não pode ir pra balada, curtir um barzinho com as amigas, passear no shopping ou simplesmente não fazer nada, apenas curtir a própria companhia?
A Bia fica com minha mãe desde os 6 meses de idade. Doeu deixar ela tão pequena? Não. Porque eu sabia que eu precisava, eu sabia que ela precisava. E sim, graças a Deus eu tenho a rede de apoio.
Vamos tirar este peso de que a mãe tem que estar grudada na cria 24 por 7. Não é saudável. Uma hora os filhos vão pro mundo e a gente vai junto? Eu só me orgulho de ver a Bia crescendo e se tornando uma menina de personalidade dela, de interesses dela.
E não to militando aqui que tudo isso é muito fácil, mas a gente pode começar. Como? Não julgando outra mulher por ela sair sem filhos, curtir a vida sem filhos, ter uma vida social que nem sempre inclui filhos.