Novembro Roxo: Os desafios da prematuridade

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Pedro Miguel está há dois meses internado na UTI Neonatal do Hospital Universitário de Jundiaí. A mãe Maria Edinaene Leite da Silva só tem o que agradecer pela dedicação da equipe na recuperação do pequeno. Ele nasceu de 32 semanas e já passou por três cirurgias e nesta semana em que comemoramos o Dia Mundial da Prematuridade, ela ganhou um presente que foi poder carregar seu filho pela primeira vez. “Foi uma emoção indescritível. Tenho três filhos e quando peguei Pedro no colo, parecia que era minha primeira vez que carregava um filho! Sonho com o dia que vou embora para casa com ele”, comentou Maria.

A equipe do Bloco Neonatal é composta por 90 profissionais entre enfermagem, neonatologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, entre outros que trabalham 24 horas levando o melhor para os recém-nascidos. “Não tinha noção de como era uma UTI Neonatal e hoje vejo o quanto os profissionais são dedicados e quanto amor eles tem pelos pequenos. Vou embora para casa sabendo que ele está em boas mãos e com o sentimento de que o medo é grande, mas a fé é maior ainda”, completou a mãe do Pedro Miguel.

Contar os dias não foi fácil para Kauane Cristina Vicente Dias, mãe do Lucas Vicente Luquez que nasceu em 23 de agosto e teve alta nesta quinta-feira, dia da prematuridade. “Estava ansiosa e não via a hora de chegar este dia. Vou finalmente levá-lo para casa! Foi muito doloroso estes meses. Chegava em casa sem o bebê e sem a barriga de gestante. Foi horrível”.

A neonatologista do bloco Neonatal, Dra. Claudia Perez Guimaraes, reforçou que a falta de pré-natal contribui para casos de prematuridade. “Para evitar o parto prematuro é fundamental a mãe acompanhar a gravidez com um especialista desde o início da gestação. Seguir as orientações do obstetra e fazer todos os exames indicados também faz parte dos cuidados com o bebê antes mesmo de nascer. Além disso, o tabagismo, o alcoolismo, o uso de entorpecentes, o estresse exacerbado, as infecções urinárias, o sangramento vaginal, o diabetes, a obesidade, a hipertensão e a gravidez gemelar são causas frequentes para o parto prematuro”.

Para celebrar o dia 17 de novembro, Dia Mundial da Prematuridade, a comissão de humanização, eventos e voluntariado do Hu realizou na brinquedoteca uma tarde com oficinas e um delicioso café oferecido pela RONDI Hidráulica e Elétrica para os pais. Além disso, uma mostra fotográfica está ocorrendo no corredor do Bloco Neonatal e as mães ganharam kits Besins e lembranças da Raquel Capovila-Papelaria Criativa.

A prematuridade é definida como o nascimento antes do previsto. Dessa forma, o bebê é considerado prematuro se o parto acontecer antes das 37 semanas completas de gestação. Segundo dados do Ministério da Saúde, todo ano são registrados em torno de 340 mil nascimentos prematuros no Brasil, o equivalente a seis casos a cada dez minutos.

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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