Ultrassom gestacional: muito além de revelar o sexo do bebê

Imagem: Freepik

Tão emocionante quanto o resultado da confirmação da gravidez é a primeira visita ao médico radiologista para o ultrassom. O exame de imagem é a ferramenta que, junto do pré-natal, oferece ao médico e à família a tranquilidade na gestação até o parto: permite acompanhar o desenvolvimento do feto, a descoberta do sexo, a identificação de alterações morfológicas e o contato da mãe com o bebê dentro de sua barriga. “A ultrassonografia é uma forma de visualizar o feto em seu ambiente intrauterino, é de vital importância para auxiliar o obstetra no pré-natal”, destaca a médica do Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Ingrid Ramos Rocha e Silva.

Para além de revelar se é menino ou menina, o ultrassom gestacional ou obstétrico tem funções importantes para a saúde da mãe e do bebê. O exame fornece informações como estimativa da idade gestacional, localização do saco gestacional, avaliação do número de fetos, do crescimento e da vitalidade fetal, rastreamento e diagnóstico de anomalias fetais, análise da placenta e acompanhamento do líquido amniótico.

Segundo o médico do InRad Sergio Kobayashi, a ultrassonografia pode ser solicitada a partir de cinco semanas de gestação. A interpretação do exame é o que direcionará as condutas no pré-natal e por essa razão sempre deve ser solicitado por um profissional médico. “A indicação e a solicitação do exame dependem do médico que está acompanhando a gestante. Os exames são realizados no primeiro, segundo e terceiro trimestre da gestação”, explica. A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomenda a realização de três exames ultrassonográficos durante o acompanhamento pré-natal de baixo risco.

A maioria das malformações anatômicas podem ser detectadas na ultrassonografia, que deve ser realizada por profissionais habilitados. Kobayashi ressalta que no final do primeiro trimestre, a taxa de detecção das malformações fetais maiores pode atingir cerca de 40% a 50% e no segundo trimestre em torno de 80% a 90%.

Há casos em que é necessário administrar medicamentos durante a gestação, realizar procedimentos invasivos, manejar trabalho de parto prematuro e até fetos serem submetidos à cirurgia intrauterina, e todas essas são situações nas quais a ultrassonografia se mostra essencial.

Tipos de ultrassom gestacional
Dentro das indicações médicas específicas, a depender da idade gestacional e da necessidade caso a caso, existem quatro tipos principais de exames: ultrassonografia obstétrica transvaginal; ultrassonografia obstétrica morfológica, ultrassonografia obstétrica e ultrassonografia obstétrica com Doppler.

As transformações tecnológicas ao longo dos anos no campo da radiologia gestacional trouxeram impactos positivos para o diagnóstico precoce de doenças e redução da mortalidade e morbidade perinatal. A ultrassonografia em obstetrícia começou a ser aplicada nas décadas de 1960 e 1970 e desde então passou por evolução importante e progressiva das tecnologias. “No início a ultrassonografia era praticamente um borrão e à medida que a evolução tecnológica foi ocorrendo houve uma melhora imensa na resolução da imagem, bem como verificação de fluxo sanguíneo fetal através do Doppler e mais recentemente aquisição de imagem volumétrica, o famoso 3D”, destaca Ingrid.

A gestante deve ter em mente que um bom pré-natal não depende apenas do número de ultrassonografias realizadas e sim da sua qualidade e do atendimento ao longo da gestação como um todo. No InRad são aplicadas as técnicas ultrassonográficas e os protocolos mais atuais em obstetrícia e medicina fetal. “Em nosso serviço, temos a oportunidade de utilizar os equipamentos mais avançados do mercado, isto é bastante benéfico para as gestantes e o ensino acadêmico, mesmo apesar da pandemia da Covid-19”, ressalta o médico do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas Sergio Kobayashi.

A médica Ingrid Ramos Rocha e Silva desfaz um dos principais mitos em relação ao ultrassom obstétrico, de que o exame passa radiação para o bebê, principalmente nas pacientes que são submetidas a muitos procedimentos. “Isso não é verídico, inúmeros estudos garantem a segurança da ultrassonografia obstétrica”, afirma.

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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