Devo mandar meu filho à aula presencial?

Imagem: Freepik

A partir de agosto as escolas estão autorizadas a admitir a presença de 100% dos alunos. Claro que mantendo todos os protocolos de segurança e higiene, como distanciamento de 1 metro, além uso de máscara e álcool em gel.

Muitos pais ainda estão inseguros, procurando decidir o que é melhor para os filhos e tentando proteger os familiares.

A verdade é que a pandemia trouxe medo, insegurança e muitas perdas para nossas crianças. Além dos pontos pedagógicos, a falta de convívio social de uma hora para outra foi muito prejudicial. No consultório percebo muitas queixas de atraso na fala, obesidade, ansiedade e regressões, entre outras.

Por isso o retorno presencial, se estiver dentro da realidade do lar, é a melhor decisão, e vou dar alguns motivos:

  1. A escola é um ambiente onde as crianças desenvolvem habilidades, interagem socialmente. Isso é essencial para a saúde mental delas;
  2. Recuperar o desenvolvimento pedagógico, além dos atrasos no desenvolvimento infantil;
  3. Ao contrário do que se dizia inicialmente, diversos estudos já comprovam que a transmissão de Covid entre os pequenos é muito baixa;
  4. Quando contaminadas, a maior parte das crianças tem quadros leves ou até assintomáticos;
  5. Os professores já tomaram pelo menos a primeira dose da vacina;
  6. Não podemos aguardar a vacinação das crianças menores de 12 anos, visto que ainda não há previsão de liberação para essa faixa etária;
  7. O Brasil é o único país que não abriu totalmente as escolas até então.

Existem alguns cuidados que devem ser respeitados:

– Confirmar se a escola está seguindo rigidamente os protocolos exigidos;

– Se alunos ou funcionários estiverem com qualquer sintoma gripal, não deverão frequentar o ambiente escolar.

A reabertura segura das escolas, garantindo o direito de crianças e adolescentes à educação, são ações essenciais. Os pais e responsáveis devem entender o que as escolas propõem e, principalmente, sentirem-se confortáveis em mandar seus filhos pra lá.

Autor Daniela Cunha

mãe da Isabela e da Melissa, Pediatra da Vacine Clínica

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