Sling aumenta vínculo mãe-bebê, mas requer orientação sobre forma correta de uso

O dia a dia com um bebê pequeno pode ser bastante desgastante. Afinal, muitas vezes o pequeno requer atenção em tempo integral e não quer deixar o colo dos pais ou cuidadores. Com o ganho de peso ao longo dos meses, a coluna agradece quando se encontra formas de apoiar a criança com segurança, distribuindo o peso pelo corpo.

Cada vez mais populares, os carregadores de pano ou slings são aliados importantes na rotina do bebê e trazem diversos benefícios: “esse contato pele a pele estimula a amamentação, regula a temperatura corporal, aumenta o vínculo emocional, aumenta a segurança e a tranquilidade, facilita a digestão do bebê por conta da posição, melhora a eliminação de gases e o tratamento do refluxo, e ainda acalma e melhora o sono do neném”, destaca a enfermeira obstetra da Unifesp, Cinthia Calsinski.

Cinthia conta que muitos dos benefícios vêm da posição que o bebê fica no sling, remetendo-o aos tempos de vida uterina, com restrição de movimentos e sentindo os movimentos, a temperatura, a respiração e os batimentos cardíacos da mãe.

Só que nem sempre é fácil usar o acessório sem orientação ou ajuda. “O wrap sling, por exemplo, tem 5 m de comprimento x 70 cm de largura. É bastante tecido para dobrar e usar”, exemplifica.

Se usado incorretamente, o sling não proporciona os mesmos benefícios e pode até prejudicar quem o está usando. Cinthia conta, com exemplos, como isso pode acontecer:

– Sling de argolas: é ajustável para deixar o bebê seguro e confortável, deve ser usado na lateral do corpo do pai ou cuidador.

Ponto negativo: “ele sobrecarrega apenas um dos ombros. Deve ser usado por períodos curtos de tempo”, ensina a enfermeira obstetra.

Ponto positivo: o bebê pode ser colocado em diferentes posições, conforme seu tamanho e peso e, no caso dos recém-nascidos, podem ficar deitados, como que no colo, ou com as pernas cruzadas, assim como ficavam no útero.

– Pouch sling: similar ao anterior, mas sem ajustes.

Ponto negativo: também apoia em um único ombro.

Ponto positivo: teu tecido é maleável e deve ser escolhido com atenção. É descomplicado, leve e fácil de usar.

– Wrap sling: é um grande pedaço de tecido que se enrola ao corpo, mantendo a cabeça do bebê na altura do pescoço de quem estiver usando o acessório e, as pernas, como se estivessem sentadinhas.

Ponto negativo: dependendo da estatura de quem vai usar, pode ser necessário dar várias voltas no tecido, aquecendo o corpo.

Ponto positivo: apoiado nos dois ombros distribui melhor o peso no corpo dos pais ou cuidadores.

“Vale lembrar que existe a variação ‘Fast Wrap’, mais fácil de colocar, que veste como uma camiseta”, diz Cinthia.

– Mei tai: tem uma base larga que apoia bem a coluna do bebê.

Ponto negativo: exige tempo e habilidade para vestir, regular e amarrar.

Ponto positivo: o peso fica bem distribuído nos dois ombros e serve em tamanhos de troncos variados. O bebê fica sentado com as pernas abertas e também na posição barriga com barriga e joelhos flexionados.

– Canguru: é um carregador já pronto, com regulagem de altura nas alças e cinto partindo das costas, além de travas laterais para manter o bebê próximo ao corpo do adulto.

Ponto negativo: pode ter um alto custo, dependendo do modelo.

Ponto positivo: não exige amarração e tem modelos fáceis de vestir. Há reforço e sustentação para a coluna da criança, pode contar com bolsos laterais e alguns permitem que a criança passeie de frente pra rua.

“A escolha do acessório é bastante pessoal, mas é um caminho sem volta: quem experimenta, não consegue mais ficar sem. E os carregadores podem ser usados até a criança chegar nos 12 ou 15 kg”, conclui Cinthia.

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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