Musicoterapia: o novo remédio no HSV

Muitos são os relatos de que a música faz bem para a saúde. No Hospital São Vicente de Paulo (HSV) a música tem sido utilizada como auxiliar no cuidado dos pacientes, acompanhantes e colaboradores. Pelo menos seis grupos diferentes de voluntários, que incluem corais, duplas e até um violinista, se revezam em apresentações semanais nos corredores e quartos do hospital. “Me sinto mais leve e até esqueço que estou no hospital. O dia passa mais rápido e a gente pensa menos no nosso problema, esquece da dor”, relata Maria Aparecida Gomes Tavares, que se recupera de um procedimento cirúrgico.

Segundo especialistas, o ritmo da música pode aumentar ou diminuir os batimentos cardíacos. Isso acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro, libera dopamina e causa uma sensação de bem-estar. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Drexel (Estados Unidos) em 2011, que foi atualizada em agosto de 2016, indicou que a música também contribui para a diminuição do estresse, alivia a dor, reduz a ansiedade e a fadiga.

Para o violinista Valdiner Rossi, titular da Orquestra Municipal de Jundiaí, a música é um remédio para a alma. “No São Vicente eu pude ver no semblante das pessoas o quanto a música transforma corações em curto espaço de tempo. Vi pacientes acordarem e chorarem de emoção. Posso dizer que consegui atingir meu objetivo que é tocar a alma das pessoas através do violino. E isso é maravilhoso”, afirma.

Entre os colaboradores a reação também é positiva. “Transcende horizontes, é maravilhoso. Cheguei a presenciar uma paciente que não tinha reação e ao ouvir o instrumento começou a movimentar os braços. É emocionante ter a oportunidade de presenciar gestos tão bonitos quanto o destas pessoas que se dispõem a vir aqui no hospital e dedicar um pouco de seu tempo e seu talento para os outros”, diz Selma Regina Moraes, agente administrativo.

Antonio Carlos Prestes, que acompanhava a filha Giovana Prestes, “O hospital não pode ser só um lugar que cura doença, deve curar nossa alma. Como pai eu fico aflito, mas quando vejo que minha filha, mesmo doente, está com o rosto mais feliz, isso me dá um alívio. Deveria ter música todo dia”, sugere.

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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