Especial de Mães: Com um mês meu filho voltou aos braços de Deus

Com 3 anos de casamento, chegou a hora de pensarmos em filhos! Paramos com remédio, passou 6 meses, nada! Um ano e nada!
Vamos para ajuda médica, afinal, tenho certeza que meu médico, que passo há 15 anos, vai me orientar direitinho. A resposta dele: Você quer engravidar, então volte aqui apenas quando estiver com 20 quilos a menos. Sim com essas palavras ou melhor seria dizer: tapa na cara? Sei lá,  só sei que saí em prantos.
Troquei de médico e pensei que talvez uma mulher poderia me ajudar, sendo que já estava passando quase dois anos de tentativas. Fiz alguns exames, que hoje não faço a mínima ideia de quais eram, o único que me lembro é o histerossalpingografia. Todos normais, segundo ela. Na consulta ela me disse que estava tudo certo comigo, mas que lavaria suas mãos e que me encaminharia para uma clínica de fertilidade ou, se eu quisesse, tomaria um remédio para induzir a ovulação, mas foi bem seca e mais uma vez saí em prantos.
Como assim? Meus exames todos normais e nada de engravidar? Então decidi procurar outro ginecologista. Acabei pesquisando na internet, pois queria passar em um consultório. Depois de três dias estava sendo atendida. Me deparei com uma pessoa super do bem, brincalhão ao último. Expliquei tudo pra ele. Daí ele me respondeu: Lu, você só deve ter apenas uma dificuldade de ovular e isso um remédio resolve! Que diferença de diálogo. Vamos lá então! Já estava há 3 anos tentando. Primeiro mês, nada; segundo mês, nada; terceiro mês: bingo, meu tão esperado positivo em mãos.
Iniciando o pré-natal, tudo normal, gestação maravilhosa. Na semana em que completo 28 semanas,  um embaralhamento na visão. Fui trabalhar, fazer umas liberações e chamei minha mãe pra ir no oftalmologista comigo. Passei por todas as clínicas de Jundiaí e não conseguia ser atendida, então decidi pagar uma consulta particular e no diagnóstico me mandaram direto para a maternidade, porque estava com sofrimento fetal.
Entrei no hospital e logo verificaram minha pressão arterial,  mas nem me passaram quanto estava,  só falaram que estava um pouco acima, que eu tinha que ficar deitada. Até que eu vi o prontuário que uma enfermeira esqueceu, e vi que estava 18 por alguma coisa. Vem o médico, minha mãe e meu marido,  me dizendo que eu estava tendo uma pré eclampsia, e que eu teria que fazer uma cesariana, assim que estabilizasse a pressão. Ok! A noite inteira monitorando eu e meu bebê, tudo bem.
No outro dia logo as 8h, ele nasce, com suas quase 800 gramas  e 33 cm. Fiquei 5 dias internada, pois deu problema na minha função renal. E quando eu tive alta, meu pequeno ficou lá,  lutando como um guerreiro pela vida. No seu 25° dia de vida, Carnaval de 2012, começaram os problemas. Displicência do hospital, visitas a mais numa UTI neonatal e meu guerreiro, que estava já ganhando peso, adquire uma infecção hospitalar,  a qual não conseguiram controlar e 30° dia, ele volta aos braços de Deus. Duro, muita dor.
Difícil, mas com força divina, segui em frente. Passado um ano, voltamos a conversar, eu e meu marido, para tentarmos novamente. Vamos lá: 6 meses e nada. Então agora vamos fazer ultrassons seriadas, para acompanhar essa ovulação. Mais 3 meses de ultrassons com os folículos não resistindo. Até que apareceram os benditos folículos,  só que aí me prescrevem uma injeção para eclodir os folículos. Ótimo! Deu certo e bingo novamente, porém,  com 9 semanas, aborto espontâneo. Banho de balde de gelo.
Aguardamos mais 6 meses e tudo novamente: indutor,  ultrassons seriadas e injeção: bingo! Gestação ectópica! Puxa vida vamos ter que esperar novamente. Nesta espera fiz uma cirurgia para retirada de pedra do rim, o que prolongou por mais um tempo a tentativa de engravidar novamente. Em maio de 2015 o urologista me da alta definitiva, não mais remédios, não mais abstinência sexual. Então em junho de 2015 liguei para o meu ginecologista que me apoiou em começar tudo novamente e aguardar a próxima menstruação para iniciar as ultrassons.
Só que a próxima menstruação não veio, mas sim um positivão. Claro que veio acompanhado de tensão, medo, informações desencontradas. Mas a gestação correu tudo bem e com 37 semanas meu médico pediu para que na semana seguinte as consultas acontecessem no hospital e que eu já poderia ir de malinha pronta. Com 38 semanas minha pressão sobe novamente e passo pela cesariana. Foi tudo lindo e maravilhoso. Meu sonho realizado, e hoje ele está aqui comigo, com seus 3 aninhos de muita sapequice!
Luciana Oliveira, mãe do Jean.

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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