Você já ouviu falar em pré-natal emocional?

Durante a gestação passamos por um acompanhamento médico sistemático: as consultas mensais com o Ginecologista Obstetra (GO), os exames de rotina, ultrassom, pesagem, controle de pressão, entre outros. Um processo muito importante para assegurar a essa mulher, uma gestação assistida em muitos aspectos físicos/fisiológicos, assim como a preparação para o nascimento desse bebê.

E como ficam os aspectos emocionais dessa gestante? Quem cuida deles?

Durante a gestação, acessamos muitos conteúdos internos, ligados a nossa identidade, nossa sexualidade, nossas feridas enquanto “filhas”. Revivemos dores, memórias e mesmo que não lembremos conscientemente disso, muitos desses registros emergem quando estamos nos preparando para assumir esse novo lugar.

Nossas relações podem ser afetadas nesse momento, como a relação com nosso parceiro, nossos pais (no caso da gestante, a relação que costuma ser mais desafiadora é com sua própria mãe), a relação com a carreira/trabalho, os vínculos de amizade, entre outros.

Acessamos medos, angústias e muitos sentimentos até então adormecidos, podem vir à tona.

Durante a gestação é essencial que a mulher cuide não somente dos aspectos físicos da gestação, mas de todos esses aspectos psicológicos que irão impactar a forma como ela assumirá o papel de mãe.

Mesmo para quem já é mãe, gestar um segundo filho poderá trazer à tona outras questões, outros medos, outros anseios.

Você sabia que para isso existe o pré-natal emocional? Esse acompanhamento oferece escuta a essa gestante com o objetivo de ajudá-la a acessar recursos internos para que ela reconheça, elabore e consiga lidar com todas essas mudanças da melhor forma possível.

Costumo dizer que a maternidade pode ser um grande portal para nossa própria cura, mas para isso, precisamos estar dispostas a olhar para todas as sombras guardadas no porão.

É comum e absolutamente normal que essa fase seja de altos e baixos, mas é possível torná-la mais leve, compreendendo o que todas essas mudanças estão provocando interna e externamente.

Não deixa de ser também um processo de despedida, pois a mulher estará vivenciando um processo de transformação profundo, desapegando-se da mulher que era, e abrindo espaço para que uma nova mulher surja.

É essencial que possamos cuidar dessa gestante de uma forma integrada, acolhendo-a nesse momento de extrema vulnerabilidade e ao mesmo tempo, de tamanha força e potência.

Um grande beijo!!

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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