Cresce número de consumidores que poupam acima de R$ 50 para os filhos

É cada vez maior o número de consumidores que fazem poupança para os filhos. Pesquisa realizada pela Boa Vista SCPC, para identificar a percepção dos brasileiros sobre a importância da educação financeira a crianças e adolescentes, aponta que 62% dos entrevistados guardam mensalmente acima de R$ 50. O índice representa um aumento de 9 pontos percentuais na comparação com o ano anterior.

A pesquisa foi realizada com 1.800 consumidores do país todo, para identificar a pretensão de compra para o Dia das Crianças. Pouco mais da metade (51%) dos entrevistados afirmou poupar para os filhos. De acordo com os dados, dos pais que fazem algum tipo de investimento para os filhos, 65% alegaram economizar para ajudar nos estudos, como, por exemplo, pagar a faculdade. Do total, 15% afirmaram poupar para a compra da casa própria e 13% para outras finalidades, como aposentadoria, previdência e independência financeira. Tratamento médico e compra de carro representam 4% e 3%, respectivamente.

Já a maioria (85%) dos consumidores entrevistados acredita ser muito importante falar sobre educação financeira com crianças e adolescentes. E isso não precisa, necessariamente, ser apenas na época do Dia das Crianças. “Os pais podem aproveitar as datas especiais para incentivar a educação financeira com os filhos”, orienta o educador financeiro Pedro Braggio, diretor da Associação Comercial Empresarial de Jundiaí (ACE Jundiaí).

Pedro diz que é importante o diálogo entre pais e filhos sobre as finanças da família e cita o resultado positivo que obtém durante as consultorias que faz com participação de crianças. “Elas dão opiniões e ajudam demais os pais na economia familiar porque ainda não têm vícios financeiros”, afirma. “Quando a gente conversa com a criança, ela entende rapidamente o que pode ser feito e o que não pode.”

Para quem pretende iniciar este assunto em casa, o diretor da ACE dá uma sugestão, que funciona principalmente entre crianças na faixa de 6 e 7 anos “Pode-se fazer um comparativo de valores. Se a criança quer um celular, por exemplo, faça ela entender o quanto isso vai gastar”, ensina. “Diga que com o valor daria para comprar 200, 300 sorvetes. Às vezes a criança está condicionada e no fundo nem entende direito o porquê quer aquilo.”

Outra dica é fazer um caderninho de desejos e na proximidade de datas importantes para os filhos como aniversário, Dia das Crianças ou Natal, os pais podem rever o que a criança pediu meses atrás. “Muitos desejos já passaram, a criança já não quer aquele presente“, conta. “Os pais precisam entender que são espelhos para os filhos. Nem sempre pode-se gastar muito dinheiro mas também nem sempre deve-se guardar muito dinheiro. O importante é o equilíbrio financeiro da família.”

A coordenadora educacional Daniela Moraes concorda com o diretor e diz que este assunto já é comum em casa desde que seu filho Pedro Paulo tinha 5 anos. Hoje, aos 9, ele guarda o dinheiro que ganha da família em cofrinhos. “O Pedro tem previdência privada desde que nasceu, para o investimento em educação universitária”, afirma a mãe. “Já ele poupa para comprar o que quer: de brinquedo a doce.”

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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