Crianças imunes: a importância da vacinação

No Brasil, temos uma das melhores coberturas vacinais do mundo, levando a erradicação de várias doenças e evitando entre duas e três milhões de mortes por ano. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM), o índice de mortalidade infantil caiu 77% no Brasil em 22 anos e as vacinas estão entre os recursos que mais contribuíram para esse resultado.

Os bebês, em geral, são os mais expostos aos agentes nocivos que circulam em nosso meio, por não terem imunidade formada. Existem doenças muito graves para os pequenos e que nos adultos são inofensivas. Afinal, eles já têm anticorpos suficientes para defesa do sistema orgânico. Por isso a vacinação é tão importante.

O ideal, na verdade, é que a proteção tenha início antes mesmo dos bebês nascerem. Algumas vacinas aplicadas nas gestantes ajudam a protegê-los ainda nas primeiras semanas de vida. Um exemplo é a vacina contra coqueluche, a mãe uma vez imunizada, transfere anticorpos para o filho pela placenta. Depois que ele nascer, só será vacinado contra a doença aos dois meses de idade.

Logo após o parto, temos duas vacinas muito importantes para as crianças: a BCG e a hepatite B, que devem ser tomadas na primeira semana de vida. Depois é importante seguir atentamente os calendários vacinais, tanto o Nacional quanto o da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Este segundo é mais completo e abrange um maior número de imunizações, muitas vezes não disponíveis nas redes públicas, como a vacina contra Meningite B e a ACWY.

Importante ressaltar que antes de incluídas no calendário, as doses são desenvolvidas e testadas de forma cautelosa e, por isso, são seguras. Porém, como todo medicamento, há uma probabilidade de ocorrer reações adversas e o responsável deve ser orientado antes das aplicações. Mas ainda que haja eventuais efeitos, os riscos de complicações graves causadas pelas vacinas do calendário de imunizações são muito menores em relação à gravidade das doenças contra as quais elas protegem.

Autor Daniela Cunha

mãe da Isabela e da Melissa, Pediatra da Vacine Clínica

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