Aprenda a controlar a ansiedade durante a gestação

Especialista dá dicas de como manter o controle sobre a ansiedade (Imagem da Internet)

Quando os dois risquinhos aparecem no exame de urina, pode ser até uma gravidez programada, não tem jeito, a ansiedade toma conta da mamãe. As dúvidas já começam a surgir, a preocupação gruda em um canto do cérebro e automaticamente ela passa a imaginar como quer montar o cantinho do bebê.

Apesar de ser natural sentir esse sentimento, a psicóloga familiar Raquel Benazzi explica que é preciso respeitá-lo. “A futura mamãe deve sentir essa emoção para que do mesmo jeito que ela chegou, também vá embora”. E dá uma dica: “Converse com figuras de referência no assunto, isso ajuda bastante a controlar a ansiedade que é muito comum ser sentida no primeiro trimestre gestacional”.

Inclusive para as mamães que foram pegas de surpresa com os resultados positivos dos exames a dica é não se desesperar e entender que a aceitação vem com o tempo da gestação. “Nesse período é importante começar a organizar as burocracias como pré-natal e todos os eventos e desejos que envolvam esse momento como fotos, chá de fraldas, etc”, afirma a especialista.

Raquel explica que é muito comum a mamãe ficar cheia de preocupações, por isso, é importante que ela as classifique entre real e fantasia. “As reais devem ser sanadas com profissionais da saúde ou familiares para não se tornarem causadoras de mais ansiedade, já as fantasias devem ser descartadas e podem até virar assuntos cômicos na família”.

O parto, por exemplo, costuma deixar as mamães bastante ansiosas. Dúvidas como se vai ser normal ou tentar o natural, se é melhor fazer cesárea, tomam conta dos pensamentos. Raquel orienta a falar bastante com o médico que está fazendo o pré-natal para se informar de todos os métodos. “É natural se preocupar com este momento, porque se trata de algo novo, mas é importante trazer a segurança junto”, explica. “Escolher qual parto pretende ter, quem será o acompanhante, se ele será feito no hospital ou em casa e desmitificar todas as ideias, fará com que a grávida fique mais tranquila”, orienta Raquel.

Além disso, os familiares podem e devem contribuir neste momento. Respeitar a grávida e evitar dizer que o que ela está sentindo é frescura ajuda muito a não desvalorizá-la. Segundo a psicóloga é importante ouvi-la e acolhe-la. “Escuta ativa e acolhimento são os melhores argumentos de ajuda”, destaca.

Em contrapartida, também é nesse período em que as mulheres mais recebem palpites. A dica é escutá-los e absorver só que achar que realmente for útil. Raquel também diz que não é preciso ter vergonha de impor limites quando eles ficarem mais intensos. Basta dizer que está se informando sobre o assunto e que pedirá ajuda se achar necessário. É de extrema importância valorizar o papel de mãe que toda mulher grávida passa a ter.

A ansiedade se aflora ainda mais quando a gestação completa 40 semanas e o bebê ainda não chegou, principalmente para as mamães que optaram pelo parto normal. Junto dela vêm as perguntas de quando o bebê vai chegar. Confiar na natureza do corpo e no médico é muito importante. “Nesse período os exames aumentam para certificar a saúde da mãe e do bebê, além disso, fazer atividades físicas, participar de rodas de mães e ter ajuda de profissionais como um psicólogo também ajudam”.

E por fim, a psicóloga orienta a responder as perguntas dizendo que o bebê virá no tempo dele, que está sendo muito bem cuidado e que tudo tem o seu momento.

Autor Kadija Rodrigues

Editora do Portal Mães de Jundiaí, mãe do Raul

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