Gestação e parto de alto risco: entenda o que é

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No Brasil, milhares de famílias sofrem durante a gestação e o parto de alto risco. Por isso, chamamos a Dra. Alessandra Fernandez, ginecologista e obstetra, especialista em gestação de alto risco e mestre em obstetrícia pela Universidade de São Paulo (USP), para nos explicar o que é e como pode ser evitado. Para começar, precisamos entender que gestação de alto risco e parto de alto risco são duas coisas diferentes. 

“Gestação de alto risco é qualquer doença, condição ou situação durante a gravidez, que traga algum tipo de risco maior de complicações para a gestante ou para o bebê, com maiores chances de evolução desfavorável durante a gestação ou parto. Dentre elas, quando a mulher é portadora de doenças crônicas ou adquiridas durante a gestação, como por exemplo: hipertensão, diabetes, disfunção na produção de hormônios, alterações no coração e neuropatia, sejam elas prévias ou desenvolvidas durante a gestação”, afirma Dra. Alessandra.

Mães que tenham menos de 15 ou mais de 35 anos, fumantes ou obesas também podem ter complicações. Outra coisa que se caracteriza como gravidez de alto risco são malformações fetais, ou seja, bebês que têm problemas cardíacos, malformações ou síndromes. Trata-se de um conceito amplo, que engloba vários fatores que fujam de uma gravidez típica.

Geralmente as gestações de alto risco que não tenham um pré-natal bem feito irão muito provavelmente desencadear em um parto de alto risco. Existem alguns casos que não necessariamente vem de uma gestação de alto risco. A Dra. Alessandra explica: “se a mulher veio de uma gestação tranquila, mas de repente na hora do parto ela tem uma complicação de última hora, seja ela um descolamento de placenta ou uma hipertensão tardia, o parto se torna de alto risco.”

Então uma gestação de alto risco pode levar a um parto de alto risco, mas o parto de alto risco não necessariamente é oriundo de uma gestação de alto risco.

Como minimizar o risco?

“Quando bem conduzida, a gestação de alto risco pode desencadear em um parto tranquilo. Para isso, é necessário um pré-natal realizado por um obstetra especializado em alto risco, que saiba conduzir esta gestação da forma mais adequada, com orientações, condutas e medicações necessárias. Isso é o mais importante”, afirma Dra. Alessandra.

Se uma gestante diabética, por exemplo, for muito bem controlada, o seu parto tem uma grande chance de ser tranquilo, sem complicações. A coisa mais importante para uma mulher não evoluir para um parto de alto risco, é um pré natal muito bem assessorado.

Outra dúvida frequente é: qual tipo de parto deve ser feito? 

A médica especialista responde: ” Para os partos de alto risco que se caracterizam como uma urgência, a grande maioria tem que ser cesárea, pois geralmente tratam-se de emergências cirúrgicas. Caso o parto seja oriundo de uma gestação de alto risco que esteja bem acompanhada e compensada, o parto é tranquilo e pode ser feito da forma desejada.”

Quando os problemas começam a aparecer?

Caso a mulher já tenha alguma doença prévia e engravida sem preparo e acompanhamentos prévios, as complicações começam a aparecer logo no início da gestação. Se as doenças forem desenvolvidas durante a gravidez, a maioria começa a se expressar do segundo trimestre em diante e os problemas e complicações se desenvolvem na sua maioria durante a segunda metade. 

Segundo estudos da Hindawi (editora de literatura científica, técnica e médica), a maior incidência de mortalidade e morbidade por gravidez de alto risco está diretamente relacionada ao conhecimento inadequado. Com isso, fazemos um alerta para todas as mamães. No intuito de conscientizar gestantes a tomar os devidos cuidados e procurar profissionais especializados. 

A melhor forma de evitar complicações em uma gestação de alto risco, é um acompanhamento pré-natal especializado e bem feito! 

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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