Um dos motivos que me levou a querer atuar com educação parental é a necessidade que sinto em oferecer suporte e ferramentas para que os pais quebrem o ciclo da criação autoritária, que sempre tenta justificar o uso da violência e da repressão como método educativo, os famosos “eu apanhei e não morri” ou “na minha época criança não tinha querer”.
O educador parental é capaz de ajudar a buscar caminhos para uma educação mais solidária, respeitosa e compreensiva, mostrando ser possível criar filhos com consciência, promovendo um ambiente familiar mais amoroso e justo.
É importante ter em mente que foco da educação da família não deve ser a busca pela obediência e sim o desenvolvimento da responsabilidade. Punições não educam, mas induzem à mentira e ferem a relação da criança com o adulto.
Veja bem: isso também não significa cair no extremo oposto do autoritarismo, que é a permissividade. Não é simplesmente deixar a criança fazer o que ela quer.
Procurar entender o que está por trás de um bom ou mau comportamento é fundamental para que a família saiba como lidar com suas crianças. Para educar com respeito precisamos lembrar que o cérebro da criança está em formação, a curiosidade ainda toma conta de seus impulsos, suas habilidades estão em desenvolvimento. Enquanto mães, devemos nos preocupar em proporcionar aos pequenos um sentimento de aceitação, e não o contrário.