De acordo com estudo realizado pela Universidade de Linköp, os cães não só sentem o estresse dos seus tutores como se estressam junto com eles, isso porque, o estudo demonstrou que o nível do hormônio cortisol, conhecido como hormônio do estresse, também aumenta nos cães, quando isso ocorre com seus familiares.
Por isso, é preciso ter atenção a alteração de hábitos do cão como, latidos excessivos, medo, pânico de ficar sozinho, entre outros. Caso isso aconteça e se seu tutor apresentar um quadro de estresse, há um forte indício de que o pet está compartilhando do mesmo problema.
Neste caso, é importante tomar medidas para evitar que o estresse do tutor comprometa a saúde do filho de quatro patas, desde a necessidade de manter uma rotina de autocuidado, até medidas para acalmar o pet.
Confira mais informações sobre o estudo e também nossas dicas de cuidados para evitar ou amenizar o estresse do peludo:
O estudo
Segundo informações da BBC News Brasil, o estudo realizado por cientistas da Universidade de Linköping, na Suécia, constatou que donos de animais de estimação estressados podem influenciar o estado emocional de seus cães. A descoberta baseou-se em uma análise da presença de cortisol no organismo das pessoas e de seus pets. De acordo com a bióloga Lina Roth, uma das responsáveis pela pesquisa, os cães e os donos “sincronizam” seus níveis de estresse a longo prazo, isso quer dizer que a personalidade do dono afeta as concentrações de cortisol nos cães.
Trata-se de um efeito do processo de domesticação dos cães, o que os levou a se tornarem seres dependentes dos humanos, inclusive emocionalmente. É como se o cão espelhasse o estresse de seu dono. O estudo acompanhou 58 cães das raças Border Collie e Pastor de Shetland e suas donas. A partir de amostras de cabelo das proprietárias e dos pelos de seus cães, foi analisada a concentração de cortisol em duas ocasiões diferentes. As raças escolhidas têm em comum a capacidade de interagir bem com seres humanos, respondendo com precisão e rapidez aos sinais.
O resultado da pesquisa
Os pesquisadores descobriram que, à medida que o pelo cresce, o cortisol da corrente sanguínea é gradualmente incorporado e, a partir de amostras de cabelo, eles conseguiram analisar os níveis de estresse ao longo de meses. As tutoras dos cães também responderam um longo questionário com perguntas da personalidade – tanto delas, quanto de seus cães. A partir dessas análises, descobriu-se que os níveis de cortisol a longo prazo no cão e em seu dono foram sincronizados, de modo que os proprietários com altos níveis de cortisol têm cães com altos níveis de cortisol.
Como deixar o pet mais tranquilo?
A primeira coisa a se fazer é o autocuidado: se seu estresse está afetando o pet, que tal ser mais atencioso consigo mesmo?
Outra dica é o cuidado natural com o pet, a partir do uso de suplementos naturais, opte por algum que tenha como base o maracujá pois, ele pode trazer inúmeros benefícios para ajudar no tratamento de diversos problemas.A ansiedade, a hiperatividade, agitação noturna e problemas de sono, por exemplo, considerado um calmante natural, o maracujá possui propriedades ansiolíticas (atuando contra irritabilidade e hiperatividade) e antiespasmódicas (que suprime a contração do tecido muscular liso, promovendo conforto digestivo para ajudar a acalmar o animal). Também melhora a concentração do pet para o adestramento e a realização de exercícios. Entretanto, esta planta e seu fruto não devem ser oferecidos aos cães diretamente, como alimento.
Preparamos algumas dicas que também podem te ajudar a amenizar o problema, aplique as dicas e aproveite esses momentos com seu pet. Confira:
Dica 1: Passeio: o cão entra em contato com estímulos externos, como outros bichos e sons, cheiros e texturas. O recomendado é passear duas vezes ao dia, uma pela manhã e a outra no final do dia. Agora, se você não tiver tempo para isso, é interessante pensar em contratar um passeador. Ou, outra opção é deixar o animal no day care. Cachorro preso em casa, sem conhecer outros amiguinhos e sem a possibilidade de cheirar para conhecer o mundo, pode ser um estresse.
Dica 2: Socialização: um dos aspectos mais importantes da vida de um cachorro é a socialização. Por isso, levar o pet para passeios desde cedo (após o fim do protocolo vacinal inicial). É muito bom para uma boa convivência. Além disso, o exercício físico ajuda a reduzir a ansiedade do pet.
Dica 3: Vínculo emocional: deixar para dar atenção ao cão somente quando tiver tempo pode fazer com que o seu pet se sinta muito sozinho. Isso porque quase nunca sobra horas no dia para fazer isso. Portanto, o importante é incluir o pet na sua rotina. Assim fica menos corrido para você e o peludo ganha atenção diversas vezes ao dia. Para isso, separe um tempo para realizar as atividades que o peludo gosta, como passear ou brincar.
Dica 4: Enriquecimento ambiental: para os pets que passam muito tempo sozinhos, manter um ambiente com diversas opções de brinquedos interativos é fundamental. Também é importante que o tutor ensine e estimule brincadeiras.
Dica extra para o tutor: as ações sugeridas também podem te auxiliar a reduzir o seu estresse, pois, nos momentos com o pet você vai conseguir manter a cabeça longe dos problemas com mais facilidade, além de toda a diversão que estar mais perto do seu filho de quatro patas pode proporcionar.
As veterinárias da Botica Pets nos enviaram informações para este texto.