Aulas presenciais são importantes para sociabilização das crianças

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O segundo semestre escolar está chegando e, com ele, novamente a preocupação da volta presencial dos alunos. Segundo o Governo do Estado de São Paulo, a partir de agosto, as escolas públicas e particulares poderão receber todos os estudantes, de acordo com o espaço físico e respeitando o distanciamento de um metro.

Em Jundiaí, as escolas particulares já estão preparadas para este retorno. Para Evandro Grioles, diretor pedagógico do Colégio Divino Salvador, toda estrutura e logística foram estudadas para receber 100% dos alunos a partir do próximo mês. “Todos os professores e funcionários já estão com pelo menos a primeira dose da vacina. As salas estão sendo preparadas e os horários de escalonamento de entrada e saída será mais uma alternativa para evitara aglomeração”. Ele reforça que o formato híbrido será mantido, já que alguns pais ainda optaram por manter os filhos no ensino online.

O diretor do Divino enfatiza que todo protocolo de segurança, higiene e o distanciamento necessário serão mantidos e reforçados para receber os alunos em sua totalidade. “Mas hoje a nossa principal demanda é receber os alunos e inseri-los novamente na socialização”, explica Evandro. “Muitas crianças perderam o contato com outras crianças e estiveram durante todo este período só com adultos. Vamos dar uma atenção especial a elas”.

         De acordo com a Dra. Daniela Cunha, médica pediatra e intensivista, uma das preocupações é que a pandemia tem afetado os pequenos de diversas formas, como crises de ansiedade, distúrbios de sono e compulsão alimentar. “Uma parcela considerável das crianças regrediu ou estagnou no desenvolvimento. Isso está associado às mudanças bruscas que elas tiveram nos últimos 17 meses, incluindo não ir à escola, não socializar com os amigos e não ter mais o contato presencial com o professor”.

        A pediatra explica que um grande medo de muitos pais ao mandarem os filhos para a escola é que eles podem ser vetores de transmissão da doença para familiares mais velhos ou com comorbidades. Porém, estudos mostram que esse risco é baixo: “Já existem diversos trabalhos internacionais, e também um estudo da Fiocruz deste ano, mostrando que as crianças têm baixa taxa de transmissibilidade, diferente do que se acreditava inicialmente. Isso dá mais segurança”.

        Ela ressalta que a taxa de hospitalizações de crianças e adolescentes por COVID-19 é muito baixa. Do total de internados, apenas 1,79% estão na faixa de 0 a 19 anos. “Em geral eles são assintomáticos ou tem sintomas leves”.

       “A escola ensina muito mais que português, matemática ou ciências. É um ambiente de interação social, de desenvolvimento de habilidades emocionais, exercícios físicos, entre outros. O que digo aos pais é que a escola, seguindo todos os protocolos, é um lugar seguro para os filhos deles”, reforça a pediatra.

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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