Sempre doei sangue!
Costumava ir com a minha mãe na segunda-feira de Carnaval, porque meu propósito era realmente fazer esse ato de amor e não precisaria pedir atestado. Com a gravidez e o nascimento do Raul fiquei por um bom tempo sem doar novamente.
Mas o mundo dá tanta voltas e no dia 18 de dezembro de 2019 eu retornei ao banco de sangue para doar, mas foi para um propósito muito maior, na tentativa de salvar a vida de uma das pessoas mais importantes para mim: a minha mãe! Na época ela lutava contra um câncer no sangue que era crônico e após uma sessão de quimioterapia viu sua imunidade zerar, sua medula praticamente falecer e as plaquetas caírem a ponto de sangrar, muito!
Com isso, ela precisou receber transfusão de plaquetas a cada 8 horas e bolsas de sangue até que sua medula resolvesse voltar a funcionar! Foi uma corrida contra o tempo e infelizmente minha mãe voltou para a casa do Pai no dia 21 de dezembro daquele mesmo ano depois de lutar bravamente!
Lembro que na época as redes sociais foram minha aliada para conseguir doadores para ela. Muitos amigos ajudaram compartilhando, outros tantos foram doar sangue e plaquetas e eu serei eternamente grata, porque só quem um dia precisou, sabe a importância que tem o ato.
Em outubro deste ano, eu voltei a doar novamente. A sensação sempre é a melhor possível. Saber que você está contribuindo para salvar a vida de alguém. Por isso, nessa semana que comemoramos o a Semana Nacional do Doador de Sangue reforço por aqui o quanto o seu sangue é importante não só para você, mas quem também precisa!
Doe sangue, salve vidas!
Você sabia?
O percentual
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de doadores em um país é
entre 3,5% e 5% da população, no Brasil corresponde a 2% (OMS). Especialmente
neste ano de pandemia, tornou-se necessário chamar ainda mais a atenção da
população para a doação de sangue. Durante o isolamento o número de doações
diminuiu drasticamente, cerca de 50% em algumas regiões do país.
Conheça cinco mitos sobre doação de sangue:
Doar sangue engorda: Não engorda nem
emagrece. O volume de líquido é reposto em 24 horas.
Contágio de doenças: todo material usado na coleta é descartável, não há contato com sangue de outra pessoa.
Quem teve dengue nunca mais pode doar sangue: o organismo cria anticorpos contra infecções virais e, com isso, o vírus é neutralizado. Há um período de quarentena de um mês entre a infecção e a liberação para a doação. No caso de dengue hemorrágica, o período é de seis meses.
Mulheres não podem doar sangue menstruadas: as células sanguíneas doadas são repostas pelo organismo ao longo do tempo e não fará falta no desempenho das funções metabólicas da pessoa que doou. Por isso, a doação de sangue durante o período menstrual não apresenta nenhum risco à saúde da mulher. A candidata será avaliada em uma triagem que avaliará se o hematócrito está bom para a doação.
Quem tem piercing e tatuagem não pode doar: Apenas pessoas com piercing na boca não podem doar sangue, pois a boca está mais receptiva a infecções. Elas só estão aptas a doar 12 meses após a retirada. Pessoas que fizeram tatuagem, maquiagem definitiva e outros processos com perfuração da pele devem esperar 12 meses para voltar a doar sangue.