Gestantes do HU em tempos de COVID-19

O aumento dos casos de coronavírus não mudou os planos de realizar o parto em uma maternidade do SUS, como é o caso do Hospital Universitário, mas a pandemia causa preocupação. De janeiro a maio foram realizados 1574 partos e no ano passado esse número ficou em 1533 nesses meses.

Dúvidas e inseguranças normalmente acompanham as grávidas, mesmo em tempos ditos normais. É natural que as preocupações com a gestação, o parto e o bebê aumentem no período da pandemia do novo coronavírus.

Atualmente estão sendo desenvolvidas pesquisas para entender os impactos da infecção da COVID-19 em gestantes. Os dados ainda são limitados, mas no momento não há nenhuma evidência de que elas corram mais riscos de desenvolverem uma doença mais grave do que a população em geral.

Contudo, devido às mudanças nos corpos e nos sistemas imunológicos, sabemos que as gestantes podem ser severamente afetadas por algumas infecções respiratórias. É importante, por isso, que elas tomem precauções para se protegerem contra a COVID-19, e relatarem possíveis sintomas (incluindo febre, tosse ou dificuldades para respirar) para seus provedores de cuidados de saúde.

Para ajudar, o HU relacionou as perguntas mais comuns em nossas mídias digitais para ajudar nessa hora tão delicada.

Parto normal ou cesárea?

Segundo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), mesmo em casos de mulheres infectadas pelo novo coronavírus, o parto normal (via vaginal) é o mais indicado. Em casos de maior gravidade ou insuficiência respiratória, a cesárea deve ser uma opção. 

Com ou sem sintomas de COVID-19, o ambiente hospitalar é o mais adequado para diminuir a morbimortalidade de mãe e bebê. As maternidades e hospitais adotam normas de segurança e cuidados específicos para redução do risco de transmissão de doenças. 

Além disso, pacientes suspeitas ou confirmadas para COVID-19 devem ser internadas em hospitais de referência, para mais eficácia em eventuais complicações para a mãe ou para o bebê.

Tenho direito a acompanhante?

A gestante tem direito a um acompanhante durante o pré-parto, parto e pós-parto. Conforme a situação da pandemia no hospital, essa presença pode ser alterada se necessário.

Horários de troca: 7h, 13h e 19h.

Vou poder receber visitas?

A fim de evitar aglomerações e a proliferação da doença, o Comitê Gestor para o enfrentamento ao COVID-19 do HU suspendeu temporariamente as visitas.

Devo levar máscara?

Sim. É expressamente proibido ficar nas dependências do HU sem máscara. Para isso, tanto a gestante como o acompanhante devem usar máscaras.

A COVID-19 pode ser transmitida da mulher para seu bebê ainda por nascer ou recém-nascido?

Ainda não sabemos se uma gestante com COVID-19 pode transmitir o vírus para seu feto ou bebê durante a gravidez ou o parto. Até o momento, o vírus não foi encontrado em amostras do líquido amniótico ou leite materno.

Quais os cuidados com o recém-nascido?

Os cuidados essenciais com o bebê após o nascimento são muito importantes. Especialmente as vacinas e as visitas ao pediatra para controle de peso e saúde do recém-nascido não devem ser adiadas. A cada consulta, o médico vai orientar sobre os retornos.

Além disso, restringir as visitas é uma medida muito importante para reduzir o risco de contaminação, tanto para a mãe, quanto para o recém-nascido. O isolamento social é a melhor medida, neste caso. O ideal é que as visitas sejam adiadas para quando a pandemia estiver sob controle. O uso de videochamadas, vídeos e fotos pode minimizar a distância de parentes próximos e outras pessoas queridas que queiram ver a criança.

Uma experiência de parto seguro e positivo inclui ser tratada com respeito e dignidade; ter um(a) acompanhante de sua escolha presente durante o parto; mobilidade no trabalho quando possível e posição para o parto de sua preferência e se há suspeita ou confirmação da COVID-19, os trabalhadores de saúde devem tomar precauções adequadas para reduzir os riscos de infeccionarem eles mesmos ou outros, incluindo o uso apropriado de roupas protetoras.

Os tempos são difíceis, mas lembre-se: este é o seu momento e do seu bebê, independente dos obstáculos externos, ele será único.

Autor Redação Mães de Jundiaí

Redação Mães de Jundiaí

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