E chegou o mês “6”, e com ele as tradicionais festas juninas, que muitas vezes se estendem até julho. Começam os ensaios nas escolas. É hora de escolher os trajes, pendurar bandeirinhas e toda aquela agitação ao som da quadrilha, mudando a rotina das famílias e no ambiente escolar.
Para a psicopedagoga e também analista do comportamento, Michelli Freitas, há famílias que adoram esta época do ano e mal conseguem esperar o mês de junho para começarem a se preparar para estas datas. Em especial quando as crianças estão na primeira infância e começam a participar dos festejos.
“A família fica animada e os que podem comparecem nas festinhas da escola estão muito empolgados. Dos ‘pets’ aos amigos mais chegados. Todos são convidados”, compartilha Michelli.
Para a especialista os problemas e frustrações começam aí: “Não é incomum que no dia da festa a criança só chore, não queira vestir a roupa, e talvez nem queria ir à festa, ou entrar no palco para se appresentar”, comenta.
Pensando nisso Michelli listou 5 dicas para lidar com a situação:
1- Empolgação – Controle as expectativas; a festa é para a criança. “Os pais são expectadores e é do filho o papel principal. “É fundamental perguntar à criança se ela quer participar antes de tudo”, comenta a psicopedagoga.
2- Diálogo – Nada como uma conversa franca e honesta mostrando fotos de festas juninas anteriores, e dizendo o que irá acontecer.É uma festa de alegria, e se o pequeno não se diverte, não faz sentido”, aconselha Michelli.
3 – Fazer parte – Outra dica é que a criança seja inserida nesta comemoração. “É importante que ele faça parte do processo, como por exemplo, escolher a roupa mais confortável. Opções e não imposições é o mais apropriado”, explica a especialista.
4- Alternativas – Chegou a hora da apresentação e a criança não subiu ao palco. O que fazer? “Pode ser uma saída pedir à professora para entrar com ela, caso aceite esse apoio, ou também curtir na plateia e prestigiar os amiguinhos e amiguinhas da sala.
5 – Desencane – Michelli Freitas aconselha os pais se libertarem das amarras do “socialmente inadequado” ou o famoso “o que os outros vão pensar de mim e do meu filho?”. A psicopedagoga finaliza: “Ser diferente é legal, é normal e está tudo bem. Se os pais passam esse valor para o filho, está criando um ser autoconfiante e maduro”, finaliza.