Atualmente, muitas crianças são diagnosticadas com distúrbios de comportamento e acabam sendo medicadas, por vezes sem real necessidade. Outras se queixam de dores que nunca são resolvidas, afetando a qualidade de vida dos pequenos.
Enfim, quando se trata de filhos, nem sempre é fácil descobrir se, de fato, existe um problema de saúde ou mesmo uma questão emocional escondida. Por isso, um recurso está ganhando a atenção das famílias, a iridologia. Trata-se de uma terapia de saúde alternativa que envolve o estudo da íris do olho. Ela fornece um mapa complexo que permite analisar os vários órgãos e tecidos em todo o corpo, sendo possível reconhecer inflamações, toxinas, deficiências químicas e fraquezas genéricas. É muito simples, com apenas uma fonte de luz e imagens da íris em alta resolução, esta ferramenta não-invasiva revela fraquezas herdadas e predisposições genéticas, bem como condições agudas atualmente ativas.
De acordo com o iridologista Lúcio Rossi, de Jundiaí, a iridologia não diagnostica condições, mas pode ajudar a identificar onde estão os desequilíbrios orgânicos e psicológicos de adultos e mesmo crianças. “A íris humana é um repositório exclusivo de informações acumuladas. Por volta dos seis anos de idade, o padrão se estabiliza e pode ser lido e interpretado de maneira confiável. As informações contidas ali fornecem evidências imediatas de quais sistemas do corpo são mais fracos, quais são normais e quais estão atualmente sob pressão”, explica.
A Iridologia
Dados arqueológicos de 3000 anos de regiões como Egito, China e Índia revelam que povos ancestrais já se dedicavam ao estudo da íris e sua relação com os órgãos do corpo.
Mas a História mais recente relata que, na infância, o húngaro Ignatz von Peczely (1826-1911) estava brincando com uma coruja em seu jardim quando ela ficou presa em arbustos e, na tentativa de libertá-la, a coruja sofreu uma perna quebrada. Enquanto cuidava da ave, von Peczely notou uma marca escura na íris da coruja. Ele continuou a observar essa marcação incomum ao longo do tempo. Enquanto isso, percebeu como a marcação escura começou a clarear, tornando-se pálida e quase imperceptível. Anos mais tarde, já formado médico pela Universidade de Viena, continuou a observar a íris de muitos de seus pacientes, desenvolvendo um dos primeiros gráficos de iridologia realmente precisos. Entre os anos de 1920 e 2006 foi o momento em que realmente a técnica se desenvolveu de forma científica e profissional, devido ao surgimento de melhores sistemas de captação de imagens. Vários cientistas pesquisaram e contribuíram com o tema, tendo destaque o norte americano Phd. Bernard Jensen e o alemão Dr. Josef Deck.