Menstruação atrasada, enjoos, sono, fome, todos os sintomas típicos, da mesma forma que as dosagens hormonais confirmam a gravidez.
Mas no primeiro Ultrasson, entre 5 a 6 semanas, nada do bebê aparecer. Quando o embrião não é visualizado , a orientação é repetir o exame com intervalos semanais, até o saco gestacional atingir 20 milímetros. Se embrião , apesar do passar do tempo, não for de fato visualizado , o diagnóstico é de gravidez anembrionária ou, popularmente conhecido, ovo cego.
O problema ocorre por uma falha genética durante a união do espermatozoide e óvulo. Simplesmente o embrião não se desenvolve, por mais que o útero tenha se preparado para recebê-lo. Uma fatalidade.
Na maioria dos casos, pôde-se aguardar o próprio organismo expelir o saco gestacional, porém muitas mulheres não conseguem lidar com a espera e sujeitando-se as intervenções cirúrgicas, como a aspiração intrauterina, também conhecido como AMIU , na qual os tecidos são retirados do útero à vácuo, ou a curetagem (raspagem). Alguns medicamentos podem ser administrados em ambiente hospitalar para auxiliar na eliminação espontânea sem intervenções tão invasivas .
Nessas ocasiões, a mulher fica fragilizada, com o emocional abalado pela gravidez que não foi adiante. Equilibrar a saúde mental da mulher é prioridade ao estabelecer o melhor tratamento. Não existe a princípio, uma conduta mais ou menos correta.
A gravidez anembrionária pode ocorrer em qualquer mulher, principalmente na primeira gestação, momento em que o aborto espontâneo é frequente . A recorrência é rara, a não ser em mulheres com mutações genéticas e alguns problemas de saúde. Mulheres acima de 38 anos correm mais riscos, bem como os espermatozoides dos homens acima dos 40 anos têm maior probabilidade de alterações genéticas.