Quem tem filho sabe que dias de sol são um convite para a diversão, na praia, piscina, parques e praças. Ainda mais nesta época do ano! Com tantas atividades ao ar livre, é preciso redobrar a atenção com a pele das crianças. Além de evitar as queimaduras causadas pelos raios ultravioletas, o protetor solar também previne problemas de saúde no futuro, que podem ser sérios.
Estudo recente publicado no Jornal da Associação Médica Americana de Dermatologia mostrou que o uso de fotoprotetor na infância pode reduzir em 40% o risco de melanoma – tipo mais perigoso de câncer de pele – antes dos 40 anos. O dermatologista, especialista em câncer de pele, José Jabur da Cunha, da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista, dá dicas importantes para os pais deixarem a criançada se divertir, com segurança.
– Não use protetor solar em bebês abaixo de 6 meses
A Sociedade Brasileira de Dermatologia e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que os pais não usem protetor solar em crianças de até 6 meses. Sendo assim, não exponha o bebê diretamente no sol ou use métodos de barreira, como chapéus e roupas com fator de proteção ultravioleta (FPU), nos momentos do dia em que não há como evitar os raios solares.
– Uso de chapéus é fundamental
Para crianças acima de seis meses, o uso de chapéus, roupas e guarda-sol é fundamental para a fotoproteção. Lembre-se também que, em períodos de radiação muito intensa deve-se evitar a exposição solar, principalmente entre 10h e 15hs. A “regra da sombra” é interessante: se a sombra do seu corpo no chão for menor que a sua altura, a criança não deve ficar exposta ao Sol.
– Atenção ao rótulo do protetor solar
Escolha um protetor com no mínimo FPS 30, e que, de preferência, seja ‘resistente à água’ para não sair com tanta facilidade após uma ducha ou uma rápida entrada no mar ou piscina. Mas se a criança ficar mais de meia hora na água, passe o produto novamente assim que ela sair da água.
– Reaplique o protetor a cada três horas
Não esqueça que para manter a proteção da pele, é preciso reaplicar o protetor a cada três horas. Além disso, use um produto que proteja tanto dos raios UVB (que causam vermelhidão e atingem a camada superficial da pele) quanto dos raios UVA (que penetram na camada mais profunda), pois ambos são perigosos. Preste atenção neste detalhe também na hora da compra. São os protetores chamados de “amplo espectro”.
– Dia nublado também queima
As nuvens não bloqueiam totalmente os raios solares. Por isso, é imprescindível que você também tome medidas fotoprotetoras em dias nublados. Use roupas e chapéus nas crianças, que tenham fator de proteção ultravioleta (FPU), e lembre-se do protetor solar também nos dias em que o sol não dá o ar da graça.
– Espalhe o protetor de maneira uniforme e por todo o corpo da criança
É raro quem aplica o protetor solar da maneira certa. Para garantir uma correta proteção, é preciso passar, em todo o corpo, duas camadas na primeira aplicação do dia. E depois, nas próximas aplicações, é bom comprovar que todas as áreas estão cobertas e protegidas.
– Roupas e acessórios com FPU
Se a ideia é ficar na praia ou piscina por muito tempo, o ideal é usar peças com FPU – camisas, bermudas, chapéus e bonés, que garantem uma fotoproteção mais estável e duradoura. Pense em cobrir a pele com tecidos leves e que protejam do Sol e utilizar o filtro solar nas áreas que ficarem descobertas. Não é necessário aplicar o filtro na pele que está protegida por estes tecidos.
– Estimular o hábito entre as crianças
Sempre que estiver tomando as medidas fotoprotetoras, fale com a criança sobre a importância de se proteger do sol para a pele não arder, para evitar queimaduras. Aos poucos, ela mesma vai aprender, sem que você precise brigar para isso. Assim, você estar estimulando esse hábito. Dar o exemplo também é primordial. Por isso, mães e pais devem também cuidar da pele no Sol.
Fotoproteção é um conjunto de medidas para os pais e os filhos poderem curtir um verão saudável. Neste verão, pratique a exposição solar consciente.