A Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM 2021) é comemorada anualmente entre os dias 1 e 7 de agosto, porém a campanha em prol da amamentação, Agosto Dourado, continua durante todo o mês no Hospital Universitário de Jundiaí e tem como tema: “Proteger a amamentação: uma responsabilidade de todos”.
O leite materno é o melhor alimento para o bebê até os seis meses. Ele contribui para o desenvolvimento neurológico, para o fortalecimento do sistema imunológico, reforça o vínculo afetivo entre mãe e filho, além de preparar a musculatura facial para a introdução dos alimentos sólidos.
É um erro achar que é a mulher sozinha quem alimenta uma criança. Quando uma mulher começa a amamentar, a família toda amamenta com ela. A figura do acompanhante é fundamental no processo de aleitamento materno. A participação consiste principalmente em estar ao lado da mãe para oferecer apoio.
Segundo o obstetra do Hospital Universitário de Jundiaí, Dr. Renato Texeira Souza, é com muita informação qualificada desde o pré-natal abordando questões, estratégias de amamentação que se constrói uma parceria na hora da amamentação. “Sem dúvida o ato de amamentar é uma responsabilidade de todos. Quando as mães deparam com a falta de informação, sem um ponto de referência, acabam sofrendo. É preciso ter apoio do pai ou acompanhante”, concluiu.
“Quando o acompanhante começa entender melhor esse processo de companheirismo, ele vai ver que não é um processo fácil. Requer informação para auxiliar e entender que não é uma demanda que a mulher está sozinha. O parceiro deve ajudar nos cuidados com as crianças, lembrar dos horários, ajudar na alimentação da mãe, dividir os cuidados com o bebê como a troca de fraldas, banho, hora de dormir e muitos outros cuidados, pois uma mãe descansada, atua melhor na hora de amamentar”, explica o especialista.
O pai nunca deve estimular práticas artificiais que podem inibir a amamentação. “É um momento onde ocorre um reforço no vínculo familiar da mãe com o bebê, mas também do pai com a criança”, reforça o Dr. Renato.
Mãe do Mateus de 1 ano, a residente de ginecologia e obstetrícia do HU, Heloisa Stefanin Kumamoto, sempre teve o desejo de amamentar. “Por ter experiência, eu consigo entender as dificuldades das mães e consigo passar o que é preciso para amenizar o procedimento. Eu sei que não é fácil, mas com muita informação, apoio do companheiro e evitar táticas artificiais, o resultado positivo é certeiro”.
4 dicas para ser apoio na amamentação
1. Cuide dela: leve água, leve comida, deixe o ambiente confortável, apoie, acolha, seja parceiro, escute. Não busque soluções, muitas vezes, ouvir, basta. Seja incentivo e não desmotivação. Lembre que vocês são uma equipe e que antes de você ser pai, é companheiro dela!
2. Cuide do bebê para que ela descanse ou respire um pouco sozinha. As formas de manter vínculo com o bebê vão muito além da amamentação: você pode trocar fraldas, tornar o banho o momento especial de conexão entre você e o bebê pode ser muito gostoso.
3. Proteja sua companheira e seu bebê das visitas indesejadas e dos palpites que, muitas vezes, mais atrapalham do que ajudam.
4. Cuide de todo o resto: o processo de amamentar é cansativo (físico e mentalmente) especialmente nos primeiros dias, por isso, alguém tem que cuidar do entorno para que mãe e bebê tenham tranquilidade no processo.