No Brasil o setor privado, em setembro de 2020, contava com 70,6 milhões de trabalhadores, incluindo contratações formais, informais, empregadores e autônomos. Além das responsabilidades de contratações e vínculos empregatícios, existem algumas outras responsabilidades que o setor, em geral, vem se esquivando, e que tem sido um assunto bastante debatido pelos jovens brasileiros.
Em um estudo realizado pela Eureca, consultoria que conecta e desenvolve jovens para o mercado de trabalho, tendo como co-autoras o Davos Lab, e a Global Shapers, iniciativa da juventude do Fórum Econômico Mundial, os dados apontaram que 84,95% dos entrevistados concordam que todas as organizações do setor privado (não apenas as empresas públicas) devem ser responsabilizadas por padrões de ética sociais, ambientais, de governança e de tecnologia.
O levantamento analisou mais de 1.100 reflexões enviadas de forma online por jovens com média de idade de 28 anos e de todas as regiões do Brasil. As respostas foram coletadas durante o mês de Abril e as análises dos dados consolidadas em Maio. O objetivo deste estudo foi identificar cenários e comportamentos que possibilitam traçar um plano de recuperação pós-pandemia de Coronavírus voltado para a juventude.
Dentro das soluções propostas pelo estudo para auxiliar essas empresas a integrarem melhor essa ética social, 33,21% dos entrevistados acreditam que os aprendizados e estudos propagados no Ensino Superior é a principal chave para influenciar as empresas na adoção de métricas ambientais, sociais e de governança; na sequência estão Maior Pressão do Consumidor (25,67%) e Incentivos Financeiros mais Fortes (15,44%).
A diversidade e inclusão, juntamente com a responsabilidade e ética social, tem sido um assunto recorrente dentro dos setores de recursos humanos, as empresas precisam se atualizar e dar voz aos seus colaboradores. Não tem sido mais tolerável se anular ou tentar abster-se de assuntos tão importantes como a responsabilização por questões éticas.
Segundo, Carolina Utimura, CEO da Eureca, é crucial ouvirmos as vozes das juventudes pois eles serão os tomadores de decisões no futuro. “A pesquisa tem importância vital no espaço de fala para os jovens e isso traz um direcionamento imprescindível para atender tais demandas, é possível observarmos a mudança de prioridade (como a estabilidade financeira e de carreira) que afetará o comportamento das novas gerações. Em paralelo, vemos cada vez mais o pedido de urgência que organizações, especialmente as privadas, sejam mais responsáveis socialmente e ambientalmente”, afirma ela. Com isso, comprova-se que ESG é um movimento duradouro, com valores nos levarão ao caminho de um progresso responsável com as comunidades.