Chegou uma das épocas mais esperada pelas crianças, a Páscoa! Data essa que vem recheada de muito chocolate. E como resistir as carinhas dos pequenos diante de tanta tentação?
O chocolate é um alimento bem calórico e pode prejudicar o apetite da criançada, ainda mais na fase inicial da introdução à alimentação com sólidos, entre 6 meses e 1 ano, por isso é preciso cautela.
Segundo Barbara Pinheiro Possani, nutricionista supervisora do SND (Serviço Nutricional Dietética) do Hospital Universitário de Jundiaí, o aleitamento materno deve ser exclusivo até 6 meses e é recomendado a introdução de alimentos com açúcar após os dois ano. “Antes dessa idade, o corpo do pequeno ainda não desenvolveu por completo a habilidade de digerir o chocolate, já que este produto tem uma grande quantidade de gordura, além do açúcar”, reforça ela.
A nutricionista reforça que o quanto mais oferecemos os alimentos adoçados artificialmente, mais o bebê vai preferir esse tipo de alimento e mais difícil será introduzir outros sabores.
Mesmo depois dessa idade, quando os bebês podem comer chocolate, os cuidados continuam. O melhor é evitar os chocolates ao leite e branco, pois esses dois tipos têm uma quantidade ainda maior de açúcar e gordura. Dê preferência ao chocolate meio amargo, que tem mais cacau e pode, inclusive, ser benéfico para a saúde, já que tem ação antioxidante e faz bem ao coração, quando consumido com moderação.
De acordo com Barbara, o consumo exagerado dos chocolates pode trazer problemas em curto e em longo prazo. ”De imediato, pode ocorrer vômito, diarreia e enxaqueca, por exemplo. Já em longo prazo, a criança pode ter sobrepeso ou obesidade, além de diabetes”, explica ela.
É preciso ficar de olho ainda em possíveis reações, já que as crianças podem ser alérgicas a algum dos ingredientes da fórmula de muitos dos chocolates comercializados no Brasil, como leite, amendoim ou castanhas.
Assim, aproveite para ensinar a criança desde cedo que o chocolate e outros doces não devem substituir uma refeição, mas podem complementá-la, como uma sobremesa, desde que consumidos com moderação. E depois de maiorzinhos, não há problema nenhum em celebrar a Páscoa com os tradicionais ovos, desde que eles sejam ingeridos com bom senso.