Um dos grandes legados que a pandemia de Covid-19 vai deixar é o método de ensino híbrido, modelo que alia o aprendizado presencial e o online. Em 2020, as aulas online, gravadas e ao vivo, se tornaram a principal alternativa para a continuidade do ano letivo. Também foi uma das opções para que os alunos pudessem manter contato com os colegas e professores. E a tendência é que experiências presenciais e remotas sejam somadas para potencializar o processo de aprendizagem dos estudantes.
Em Jundiaí (SP), o Colégio Divino Salvador passou a adotar o modelo híbrido quando parte das as aulas foram retomadas presencialmente, em outubro. “Desde o início da pandemia fomos nos adaptando e evoluindo ainda mais tecnologicamente. A verdade é que ninguém estava preparado para o que aconteceu, por isso costumo dizer que fomos arrumando o carro com ele andando. Mas deu certo. A tecnologia foi nossa grande aliada para o ensino remoto e seguirá sendo cada vez mais presente no dia a dia de alunos e professores”, conta o diretor pedagógico Evandro Grioles. “No final do ano, quando tivemos a possibilidade de receber pelo menos uma parte dos alunos, nos vimos prontos para o novo modelo híbrido que vamos adotar agora em 2021”, completa.
Com as incertezas sobre o rumo que o novo ano trará em relação à doença, o ideal é que todos os colégios estejam preparados para as possibilidades que poderão ofertar. “Aqui no Divino nossa pretensão é receber um número maior de alunos presencialmente, seguindo todos os protocolos e restrições à risca, assim como continuaremos dando total atenção para quem não puder vir”, conta o diretor.
Evandro ainda afirma que, mesmo com o fim da pandemia, será essencial manter o modelo. “Vemos como algo bastante positivo. A gente percebeu uma grande possibilidade de conexão, de troca. Nós podemos fazer inclusive um intercâmbio de professores, buscando profissionais de outros estados ou países para ensinar algumas coisas mais específicas. As aulas de história terão um ganho tremendo, por exemplo”.
Tecnologia no ensino de um novo idioma – O ensino de um novo idioma também precisou passar por mudanças significativas a partir do distanciamento físico e dos protocolos trazidos logo no início da pandemia. A presença em uma sala de aula cheia de alunos é algo difícil de imaginar agora. Até mesmo intercâmbios precisaram ser repensados ou, no mínimo, adiados. Nesta nova realidade, a tecnologia é sem dúvida grande aliada.
A startup Beetools inaugurou sua unidade jundiaiense em novembro, já em meio a essa nova realidade. Para a rede de escolas de inglês, o ensino híbrido somado à tecnologia são os diferenciais que garantem que os estudantes iniciem o aprendizado ou aprimorem o idioma mantendo a experiência de um mini intercâmbio, mas sem a necessidade de sair de casa.
Fabiana Lario, franqueada da unidade de Jundiaí, explica que o aluno pode optar por ter aulas presencialmente ou onde estiver, através de um aplicativo que integra todo o universo Beetools, e dos óculos de Realidade Virtual (VR), que são disponibilizados a cada aluno no momento da matrícula. “A experiência que o aluno tem aqui ou em casa é exatamente a mesma. Com aulas individuais, exploramos seu potencial máximo de aprendizagem independente de onde a aula estiver acontecendo. E dá tão certo, que atualmente todos os nossos alunos optaram por seguir com o ensino remoto”, esclarece. A evolução do aluno é acompanhada pelo professor e por ele próprio com o auxílio de Inteligência Artificial e Big Data.
Com a pandemia mais controlada no futuro, Fabiana acredita que a tendência é que o ensino hibrido seja adotado pela maioria, uma vez que a flexibilidade para fazer aulas quando e onde quiser é um ganho muito grande. “No nosso caso, a possibilidade de baixar o app no celular e ter seus próprios óculos de VR elimina barreiras físicas, possibilitando inclusive a simulação de um mini-intercâmbio para os Estados Unidos em cada aula, através da imersão em Realidade Virtual”, afirma.
“A tecnologia pode fazer com que estejamos no lugar que desejarmos. E, ainda que dentro de sua própria casa, pode-se vivenciar situações rotineiras onde o uso do idioma é necessário, numa loja americana, um café inglês… são inúmeras as possibilidades”, finaliza.