Dia 23 de setembro é o Dia do Rio Jundiaí. Uma data importante, que tem por objetivo festejar os resultados alcançados na sua despoluição e renovar os esforços para que se tenha um rio ainda melhor. Para contribuir com isso, é essencial que o tratamento de esgoto seja feito com excelência pelos municípios por onde ele passa.
Para entender o tratamento do esgoto realizado na Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ) é importante conhecer as suas etapas. “O esgoto é gerado a partir dos mais diversos usos da água em residências, comércios e indústrias. Vem de hábitos simples como lavar as mãos, tomar banho, lavar as roupas, louças e usar a descarga do vaso sanitário”, explica Luiz Pannuti, Diretor Presidente da CSJ.
Esse esgoto é coletado em tubulações cada vez maiores e é transportado até a Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí (ETEJ). Ele pode chegar também por meio de caminhões, como é o caso da limpeza de fossas e caixas de gordura.
Pannuti conta que o sistema de tratamento possui várias fases. “A primeira etapa é o Gradeamento. O esgoto passa por grades para separar os resíduos sólidos, removendo materiais que não deveriam estar no esgoto, como plásticos, panos e grandes objetos. Esse lixo é todo recolhido e levado diretamente para um Aterro Sanitário, onde é descartado corretamente”.
A fase líquida então segue para a Elevatória, onde bombas submersas elevam o esgoto, onde segue para a etapa de remoção da areia e outros sólidos menores, que vêm junto com o material. Esse resíduo também vai para o Aterro Sanitário. A partir daí, o esgoto é dividido entre três lagoas de aeração, onde ocorre a principal fase do tratamento biológico.
O processo biológico adotado pela CSJ cria condições que aceleram o processo natural de purificação da água por meio de bactérias em um ambiente controlado, dentro da ETEJ. “As bactérias se alimentam da matéria orgânica presente no esgoto, eliminando os poluentes, sem adição de nenhum produto químico”, ressalta Pannuti.
Só então o tratamento do esgoto passa para as Lagoas de Decantação. “Nelas, os flocos de matéria orgânica suspensos sedimentam no fundo das lagoas, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado”.
Todos os dias são removidas grandes quantidades de lodo do sistema de tratamento, chegando a 60 mil toneladas por ano, que são recicladas na própria planta. “Esse lodo é transformado pelo processo de compostagem em fertilizante orgânico, de utilização segura na agricultura, que pode ser usado em diversas culturas e também em plantas ornamentais, como as que ficam em parques e jardins da cidade”.
Depois de todas essas etapas, a água resultante já tem qualidade suficiente para ser lançada no Rio Jundiaí. “O fruto de todo esse trabalho resultou na melhoria considerável da qualidade da água do rio, que voltou a ter peixes. Possibilitou também o uso das suas águas para abastecimento público, tendo sido o primeiro rio brasileiro a ter sua classe alterada de 4 para 3”, finaliza Pannuti.
O diretor presidente explica que enquanto as visitas à ETE Jundiaí estão suspensas, a equipe de comunicação se dedica a produzir vídeos educativos e que apresentam o tratamento de esgoto realizado pela CSJ e o ciclo da água no município de Jundiaí. “Essa foi a forma que encontramos para continuar oferecendo informação aos jovens e crianças que costumeiramente nos visitariam com suas escolas”.
Os vídeos podem ser acessados no Canal do YouTube da CSJ.