O espetáculo Cordel do Amor sem Fim ganha os palcos do Sesc Jundiaí em duas sessões, nesta sexta (10), às 20h, e sábado (11), às 19h. A peça conta com Helena Ranaldi no elenco e Daniel Alvim na direção.
O enredo retrata o cotidiano simples de três irmãs que vivem à margem do velho rio São Francisco, suscita temas como solidão, esperança, tempo, paixão, dor, destino, acaso, a força do feminino, e a eterna busca pela felicidade e pelo amor – questões presentes e relevantes desse mundo dito pós-moderno.
Partindo de uma narrativa poética e da execução de canções originais, um narrador nos apresenta uma história de amor por meio da qual é possível captar a respiração, a leveza e a esperança que permeiam as relações entre três irmãs; Madalena (personagem de Helena Ranaldi), Carminha (personagem de Patricia Gasppar) e Tereza (personagem de Débora Gomez). Três distintas personalidades que se complementam e podem ser vistas como uma só, retratando assim o feminino de forma plena e absoluta. No dia em que Tereza, a irmã mais nova ficará noiva de José (personagem de Luciano Gatti), todos são surpreendidos com a chegada de Antônio (personagem de Rogério Romera), que promete ocupar o lugar de José. A partir desse momento, as personagens vivem a expectativa da espera de um possível encontro entre José e Antônio, transformando assim a simples rotina e a vida de todos que vivem na pequena cidade de Carinhanha.
Aparentemente distante de nossa realidade e mais distante ainda de nossas referências urbanas, as personagens nos conduzem rio adentro. Por vezes ingênuas e paradoxalmente grifadas em cores marcantes, são completamente identificáveis por cada espectador na alegria de viver, na força da atitude, na paixão, no desejo e na saudade. De tão humanas, essas personagens parecem romper com a distância entre o urbano e o sertão, entre as águas dos rios e o solo das fronteiras do nosso Brasil.
“Cordel do Amor sem Fim é um suspiro de amor, um alívio para a alma do espectador”, acredita o diretor Daniel Alvim. “Em tempos difíceis de polarização, o espetáculo dá ao público a oportunidade de tentar resgatar o tempo e os verdadeiros sentidos das relações humanas”, complementa Alvim.