Minha gravidez foi bem conturbada, fui mandada embora no terceiro mês de gestação, não recebi nada da empresa até hoje o processo está em andamento, foi uma gravidez bem difícil, seguida de um aborto anterior.
Esse aborto anterior,eu estava com 4 meses fui fazer o ultrassom para descobrir o sexo,quando a médica disse que meu bebê estava morto a mais de 1 mês dentro de mim e eu não senti nada,tive que passar por uma curetagem,foi bem doloroso,o médico disse que após 6 meses poderia tentar novamente,mas tive muito medo. Depois de mais de 1 ano foi quando engravidei novamente,mas durante minha gravidez tive sangramentos,e estas coisas me assustavam muito. Por conta do aborto anterior tive muito medo mesmo.
Dia 25 de Maio de 2018, após quase 10 horas de trabalho de parto, exatamente às 23:45 hras da noite minha filha Manuella nasceu, de 37 semanas,parto normal. Foi um parto tranquilo,sem problemas e lindo.
Minha filha nasceu exatamente no dia em que teve a greve dos caminhoneiros,ninguém tinha gasolina,estavam tendo manifestações por todo lado. Não pudemos receber nenhuma visita no hospital,pois ninguém tinha gasolina ou como sair de casa para ir nos visitar. Enfim, Manuella nasceu em um marco,um dia que não vamos esquecer. Este foi o meu relato de maternidade.
Em questão das visitas no hospital,eu fiquei muito chateada, senti muito, pois ninguém da minha família,nem meus pais,ninguém pode ir me visitar. O horário de visita era liberado das 9:00 da manhã até as 21:00 da noite,mas não recebi visita nenhuma,fiquei 3 dias no hospital,os três dias ficaram só eu,meu esposo e a minha filha que tinha acabado de nascer. Senti bastante mesmo, chorava,porque quem a gente mais quer ao nosso lado nesse momento é a nossa mãe,e eu não tive. Então senti bastante sim.
A maternidade tem seus altos e baixos,tem seus desafios,mais é recompensada com muito amor e carinho.
Relato de Vitoria Pacanaro, mãe da Manuella