Banco de Leite de Jundiaí precisa de doações

Banco de Leite atende aos três hospitais de Jundiaí (Imagem Divulgação)

Prestes a começar a Semana do Aleitamento Materno, o Banco de Leite Humano de Jundiaí padece de doações. O local está trabalhando com um déficit de 50% do estoque, segundo a nutricionista e coordenadora do banco, Marcela Bionti.

Com essa quantidade disponível é possível fornecer o leite por mais dois dias. “Mas isso varia de acordo com a quantidade que está entrando e o número de bebês que estão nas unidades de terapia intensiva dos hospitais”, afirma.

Segundo levantamento feito pelo banco para o Portal Mães de Jundiaí, os pedidos que recebem dos três hospitais de Jundiaí totalizam 22 bebês que dependem do leite pasteurizado do Banco de Leite Humano. Entretanto, com a quantidade disponível da bebida, foi possível atender apenas 16. “Esses bebês são escolhidos de acordo com o peso e o diagnóstico clínico, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Rede de Banco de Leite Humano do Brasil, quando há baixa nos estoques de leite”, explica Marcela.

Um ato de amor
A agente técnica Ariane Bianchi, 34 anos, doou seu leite enquanto amamentava seu filho. Por ser mãe de primeira viagem e pouca informação, ela não sabia como amamentá-lo. “Eu tinha muito leite e como meu filho nasceu prematuro, não dava conta de mamar uma quantidade que pudesse esvaziar as mamas e a consequência disso foi ter um dos seios muito machucado”, conta.

A pediatra do seu filho indicou que procurasse o Banco de Leite para receber orientações em relação a amamentação e também sobre doação do leite que o bebê não dava conta de tomar.

“O procedimento é bem tranquilo, exige alguns cuidados de higiene a cada ordenha, mas recebemos todas as informações do pessoal do banco, além disso é preciso higienizar as mãos, utilizar touca, máscara e luvas”, comenta ao dizer que ficou emocionada ao lembrar desse passo a passo para dar a entrevista. “Não temos ideia de como esse simples ato é tão importante e que pode salvar vidas, não consigo mensurar a sensação de felicidade ao saber que ajudei muitos bebês”.

Ela conta que fazia várias vezes ao dia e não se sentia nenhum incômodo de parar algumas horas do seu tempo para isso. “Muitas mães ficam com receio de que doando, vai acabar faltando para o seu filho, mas é totalmente ao contrário, quanto mais você estimular a sucção, mais seu corpo vai entender que é preciso produzir”, conta.

Você também pode fazer a diferença na vida desses bebês se tornando uma doadora. Segundo a coordenadora do banco, a mulher precisa ser sadia, ter leite em excesso, não ser fumante e estar amamentando o bebê só com leite do peito. Se atender a esses requisitos, basta entrar em contato por meio do telefone 0800 17 8155, de segunda à sexta-feira, das 7h às 13h.

Ao fazer o contato, a equipe solicitará o endereço e se deslocará até a residência interessada para dar as orientações e levar o material para armazenamento do leite. O leite doado é recolhido na casa da doadora a cada 7 ou 10 dias.

 

 

Autor Kadija Rodrigues

Editora do Portal Mães de Jundiaí, mãe do Raul

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