Um dos sentimentos mais comuns relatados na maternidade é a culpa, a tal culpa materna. Ela nasce de uma fantasia de perfeição que exigimos de nós mesmas, vindo de uma cobrança social e que para algumas mulheres, tem grande impacto, por já se cobrarem em demasia mesmo antes de serem mães.
A culpa revela um sentimento de que falhamos, não fizemos o melhor. Mas te pergunto: O que é o melhor? Melhor para quem? Quem precisa dessa perfeição?
Criamos dentro de nós uma “mãe ideal”, aquela que desejamos ser. E geralmente essa mãe não corresponde com quem somos.
Referências podem ser bem vindas desde que sirvam de inspiração. Um modelo de mãe, um modelo de educação que me inspirem. Onde eu possa olhar e construir meu próprio caminho. Mas se a referência vem como comparação, ela vai gerar frustração na certa. E vai impedir que eu olhe para dentro, para meu jeito de ser e fazer as coisas.
É importante que você olhe para si mesma e encontre a sua forma. O que funciona pra você, a forma que você acredita. É importante que você se reconheça nesse processo. E que lembre-se de olhar para seu filho e perceber do que ele precisa.
Quando tentamos ser perfeitas não estamos olhando para nossos filhos e sim, para nós mesmas. Para nossa necessidade de agradar. Para nossa necessidade de acertar. Para nossa dificuldade em aceitar nossas imperfeições.
Trazemos uma sensação de que nossos filhos não podem conhecer nossas falhas, e isso é um grande equívoco. Quando nos assumimos humanas e falhas, damos aos filhos o direito também de falhar. É pesado demais carregar a ilusão de perfeição, a utopia de querer atender a uma expectativa que achamos que o outro tem de nós.
Como mãe, olhe e reconheça a sua responsabilidade, que é bem diferente da culpa. Reconheça as necessidades do seu filho e aprenda a reconhecer as suas próprias necessidades.
Como mulher, que outras necessidades você tem além de ser mãe? E que espaço você tem dado para essas necessidades?
Filhos não precisam de mães perfeitas e sim, de mães felizes!