Oi! Meu nome é Mariângela, idealizadora do projeto Elas Também Podem, sonhadora de um mundo melhor, mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento, curiosa da vida e mãe da Maria Luiza.
Sempre fui acolhida pelas meninas do Portal das Mães de Jundiaí quando precisei divulgar algum evento inclusivo ou quando senti necessidade de falar sobre inclusão e hoje com muita alegria recebi mais um acolhimento através do convite para escrever em uma coluna para este portal querido. Digo acolhimento porque as meninas são feras, antenadas e falam de tudo o que for relacionado às mães e pediram para eu vim aqui falar de inclusão! Não acham que isso é puro acolhimento?
Nos dias modernos de hoje, o que o mundo mais precisa é aprender um pouco sobre acolhimento. Na minha opinião, acolhimento vai além da palavra empatia, porque além de nos colocarmos no lugar do outro, a gente pode oferecer ajuda, dizer uma palavra que conforta ou dar um abraço.
Você pode estar pensando: E onde entra a inclusão nessa pauta? Bem, vamos lá… quando nasce uma criança com deficiência, o que mais a família precisa é de acolhimento. Na maioria dos casos, as famílias têm que enfrentar o desconhecido em um dos momentos mais felizes da vida. Notem que o momento não deixa de ser feliz porque a criança nasceu com algum tipo de deficiência, mas o pacote de medo, insegurança e dúvidas, muitas vezes vem junto.
Criticar a família pelo choro, pelos dias mais sensíveis (sim, existem dias assim também) não ajuda em absolutamente nada. Tenho certeza que não entendemos a especificidade de todas as deficiências, mas oferecer ajuda àquela vizinha que acabou de ter o bebê, dar um abraço no irmão que está confuso ou bater um papo otimista e positivo com aquela prima que está com o bebê no colo sem saber o que fazer é o que pode mudar o mundo, é o que pode dar coragem às pessoas a enfrentar todos os dragões que surgirem pela frente. Isso chama-se acolhimento.
Descobri que a minha Maria Luiza tinha Síndrome de Down ainda na gestação, minha opção e do meu marido sempre foi de contar para todo mundo. Da minha parte sentia-me segura a fazer isso para não receber visitas com cara de surpresa quando viessem visitar minha bebê após seu nascimento. E sabem o que recebi? Amor, muito amor!!! Confesso que isso não fez só diferença lá atrás quando ela nasceu, como faz diferença até hoje, pois até hoje sinto que somos acolhidos pelo meio que vivemos e assim construímos uma sociedade mais justa e mais ACOLHEDORA!
Um abraço, daquele bem de amiga, a todas vocês, mães!